terça-feira, 1 de outubro de 2013

Exposição sobre o NAO

Inserida nas atividades do Mês Internacional das Bibliotecas Escolares, a Biblioteca do Agrupamento D.Sancho I - Pontével apresenta uma exposição subordinada ao Novo Acordo da Língua Portuguesa e que consiste na divulgação de exemplos ilustrativos das principais alterações trazidas pelo acordo, para que, através da familiarização com a nova grafia, se implemente, de forma quase subliminar, a sua interiorização.





SOBRE O ACORDO ORTOGRÀFICO


O acordo ortográfico resultou de um consenso entre os diferentes países de língua oficial Portuguesa, ou seja, Portugal, Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, de modo a conseguir-se harmonizar as regras de escrita seguidas no espaço da CPLP. Apesar de este acordo internacional se encontrar em vigor, na ordem jurídica interna, desde 13 de Maio de 2009, o documento já foi assinado em 1990, daí ser conhecido por Acordo Ortográfico de 1990. A resolução do Conselho de ministros de 25 de Janeiro de 2011 veio determinar a sua aplicação ao sistema educativo no ano letivo de 2011-2012, ao Governo e a todos os serviços, organismos e entidades na dependência do Governo.
É sabido que a especificidade de uma língua excede largamente a grafia e por isso este já não tão novo acordo tem sido alvo de muita polémica. Continuam a haver muitas diferenças entre a forma como se escreve nos diferentes países, sempre que as regras o permitam ou que as particularidades inerentes a cada língua a isso obriguem. Os seus detratores consideram portanto que o novo acordo não alterará a maneira de falar e de escrever a língua Portuguesa em Portugal ou em qualquer dos países da CPLP. O público Português continuará seguramente a preferir utilizar obras e textos escritos em Português de Portugal em detrimento por exemplo do Português do Brasil. Apesar de tanto os seus defensores como os seus detratores estarem de acordo na utilidade de se proceder a uma unificação da grafia, sobretudo em documentos oficiais, a unificação é imperfeita já que o novo acorde admite a dupla grafia em inúmeros casos.
Outro exemplo parodoxal da aplicação deste acordo que visa simplificar e uniformizar vários aspetos da Língua Portuguesa e eliminar algumas exceções, contribuindo para uma maior harmonização das regras de escrita, mantendo-se a pronúnia e o uso das palavras, é que por exemplo em palavras como abjecção e acepção que se escreviam do mesmo modo em ambos os lados do atlântico, agora e graças a uma tentativa de uniformização, passarão a escrever-se de maneira diferente, já que nestes casos a consoante é muda para nós mas pronunciada para os nossos irmãos do Brasil. Um exemplo gritante daquilo que em nome da fonética, que indubitavelmente continuará a ser distinta de um país para o outro, contribuirá para a sua diferenciação gráfica.
 A questão é que o novo acordo ortográfico é lei, independentemente de se concordar ou não com a sua implementação, e a lei é para se cumprir. Assim, a Biblioteca Escolar do Agrupamento D. Sancho I - Pontével integra na sua ação o programa para a aplicação do novo acordo ortográfico para a Língua Portuguesa dos Ministérios da Cultura e da Educação e Ciência, que tem como objetivo apresentar e contextualizar as mudanças introduzidas na ortografia usada em Portugal pelo novo acordo. 

Sem comentários:

Enviar um comentário