Já foram selecionados os vencedores do Concurso "Uma imagem, a minha história", um por cada ciclo de ensino. Muito obrigada igualmente à EB1 de Vale da Pedra que participou massivamente e também à EB1 de Casais Penedos pelo seu texto coletivo. Relembramos que todos os concorrentes receberão um certificado de participação!
Confiram agora aqui os três primeiros lugares:
Era uma vez, numa
cidade de França, em meados do século XIX, uma família muito rica, composta por uma
mãe, um pai e três lindas filhas. As meninas eram tão lindas à nascença que lhes
puseram os melhores nomes da época. Com doze anos de idade, a mais velha chamava-se
Alice. Com oito anos, a do meio chamava-se Nicole. A mais nova, Jaqueline,
tinha cinco anos. Eram lindas, magníficas, com muita graciosidade e com tanta
beleza como nunca se vira na face deste mundo, nem do outro. Diziam-se ser
abençoadas pelos deuses. Mas nos seus nascimentos houve uma enorme curiosidade,
porque elas nasceram no mesmo dia, na mesma hora, no mesmo minuto…o que leva esta
história a ser contada.
Certo ano, nos
seus aniversários, receberam um livro bem grande, com uma grande e dura capa,
que lhes dera um senhor que elas mal conheciam, que lhes disse, a meio da festa,
que só deveriam abrir o livro quando o mundo já não fizesse sentido para elas,
quando o mundo a que elas se habituaram tanto se desmoronasse numa grande catástrofe
familiar.
Elas seguiram
as suas indicações e não abriram o livro. Depois desse aviso o livro foi posto
numa estante da biblioteca em sua casa, onde se encontravam todas os livros que
alguém poderia imaginar. Passaram-se quatro anos e o livro, nunca aberto, foi
deixado para trás sem nunca ser lido, sem nunca ter sido visto, sem nunca ter
sido amado.
Mas num dos seus
aniversários, os seus pais morreram num acidente de cavalo e foram deixadas as
despesas paras as três filhas. Ia-lhes ser tudo retirado… mas a Alice lembrou-se
do livro. Cheia de esperança no coração foi buscá-lo e, junto com as irmãs,
virou a página. Uma certa curiosidade apareceu entre os seus corações
destroçados. De repente o livro começou a ganhar vida, um buraco negro apareceu
e começou a engolir as três irmãs, que se agarraram umas as outras. Então
viram-se num mundo estranho, uma autêntica fantasia. Aquele era outro mundo
complemente diferente: os rios eram de chocolate, os pássaros falavam e as árvores
dançavam levemente ao som do vento. Aquele mundo era mais que um sonho, era uma
coisa inimaginável.
Longe do rio
onde elas estavam havia um castelo bem grande para onde elas correram, e em
menos de duas horas chegaram lá. No palácio tudo era de ouro, prata e cobre. Era
fenomenal. De repente apareceram três rapazes que eram os reis daquela terra,
um mais novo com nove anos, outro com doze anos, e o mais velho com dezasseis
anos. A Nicole aproximou-se do irmão do meio mas Alice deu-lhe logo uma palmadinha
na mão e perguntou-lhes quem eram. Os rapazes disseram que o mais novo se
chamava Peter, o do meio se chamava Richard, e mais novo se chamava Michael. Eles
tinham nascido no mesmo dia e estavam à espera que um dia as profetizadas da
lenda aparecessem num dia de calor intenso com um arco-íris.
A Nicole e a
Jaqueline ficaram espantadas porque elas poderiam ser as meninas da profecia. O
Michel explicou que havia uma guerra com o reino das túlipas que era o reino
vizinho e que as três profetizadas iriam derrotar o Reino das Túlipas comandado
por Gisèle. As mais novas ficaram de boca aberta e disseram que o fariam com toda
a certeza e que iriam ajudar, mas Alice não aceitou e foi-se embora rapidamente.
As irmãs disseram aos reis para não se preocuparem com ela, que ela viria.
Quando Alice
fugiu para junto do lago viu um gato da cor de uma túlipa vermelha que começou a
falar com ela e lhe disse que os rapazes que ela tinha visto eram maus, que o Reino
das Túlipas era um único reino, que a rainha Gisèle comandava e eles se
rebelaram contra ela e querem destrui-la. Então a Alice pediu ao gato que a
levasse para junto da rainha Gisèle e que ela própria os derrotaria.
O gato foi
directamente ter com a rainha. A rainha avisou Alice que os rapazes tinham enfeitiçado
as suas irmãs e que se ela não os derrotasse elas poderiam sofrer muito. Com
isso a Alice pediu que o gato a ajudasse a encontrar mais alguém que pudesse
derrotar os irmãos, e ele indicou-lhe o chapeleiro maluco. Então Alice foi ter à
casa onde se encontrava o chapeleiro.
Ele
imediatamente aceitou ajudá-la- Prepararam-se e foram para o palácio dos irmãos.
Nicole e Jaqueline estavam lá. Alice hesitou um bocado, mas o gato disse-lhe
que se ela queria voltar a ter as suas irmãs
teria de derrotar os irmãos. Alice empunhou a espada que tinha na cintura e
junto com o chapeleiro louco e o gato cor de tulipa, correram em direcção a eles,
mas as irmãs meteram-se à frente. Alice deixou cair a espada e disse às irmãs para
não se esquecerem que ela as amava, apesar de tudo, e que os seus pais não
gostariam de as ver contra ela. Então as meninas começaram a chorar e, num ato
de magia , recuperam do seu transe e revoltaram-se contra os irmãos, que foram
derrotados facilmente pelas irmãs e os seus companheiros .
Aparece depois
Gisèle que as coroa heroínas do Reino das Túlipas e lhes dá um grande tesouro
cheio de moedas de ouro e relíquias que já davam para pagar as dividias. Nesse
momento, o gato cor de túlipa transformou-se num lindo rapaz que disse a Alice
que ela nunca mais se poderia esquecer daquele dia, pois fora o dia em que ela
mostrou coragem e força de espirito. Alice, chorando de alegria, agradeceu. O
chapeleiro agarrou no chapéu e disse palavras mágicas, o que fez com que
aparecesse um buraco negro que começou a sugar as meninas, sem que Alice se pudesse
despedir do gato ou rapaz, ela nem sabia o nome dele.
Quando
chegaram a casa e caíram no jardim, a Jaqueline e Nicole não se recordavam de
nada, mas Alice, ainda um pouco confusa, lembrava-se de tudo. Um cobrador que
lhes ia tirar a casa apareceu logo depois. Alice deu-lhe um pouco do tesouro e
tudo se resolveu.
Passado um mês
desse acontecimento foi o aniversário das três irmãs e fizeram uma festa. Nessa
festa Alice estava aborrecida porque ainda não se esquecera do gato e do Reino
das Túlipas. Entretanto viu ao longe um gato, um gato cor de túlipa vermelha,
perto de uma árvore distinta. Quando lá chegou fez uma festa ao gato, olhou
para o céu e disse:
- O reino das
Tulipas é real. Nunca hei de deixar essa memoria ir-se embora de mim, prometo
gato. Prometo nunca deixar a minha família, prometo ser forte .
O gato sorriu
e foi-se embora. Alice, chorando, gritou que ia ter saudades dele.
E assim acaba esta
história. Por agora…
Jéssica Gregório Martins, n.º 9 do 7.º B
3.º Ciclo
Uma viagem
pela língua Portuguesa
Três
meninas pequenas estudavam gramática. Estavam todas no segundo ano da escola
Filipe I, que era numa pequena aldeia, perto de Matosinhos.
Essas três meninas eram
trigémeas. Eram as trigémeas Ana, Andreia e Adriana. Eram boas meninas mas não
gostavam de português. Achavam a disciplina chata e aborrecida.
_ Então, o sujeito é a parte da frase que tem o verbo - afirmava Ana.
_ Não,
não é nada! , é aquela parte que se pode tirar e pôr e que complementa a frase,
e que se pode mover para todos os lados! – exclamava Adriana, com um ar muito
chateado.
_ Não,
não é! É óbvio que é a parte que tem o nome da pessoa – replicava a Andreia.
Estas irmãs eram muito unidas em
tudo. Até completavam frases e liam pensamentos umas das outras. Excepto no
Português. No Português estavam sempre a discordar de tudo o que diziam.
Já fartas daquela gramática
horrível, deixaram o livro pisado no muro onde estavam sentadas e foram
brincar. Brincaram a tarde toda e depois à noite, foram para casa, deixando o
livro no muro.
À hora
de deitar desabou uma tempestade com raios e trovões. A Adriana olhou para a
rua, pela Janela, e viu o pobre livro de Português todo encharcado.
_ Temos
de o ir lá buscar, senão amanhã não podemos fazer a lição! Pensem só o que vai
dizer a Professora! _ exclamou a Andreia.
_ Pois
é, vamos lá, temos de o recuperar!_ completou a Ana.
E lá
foram. Saíram a correr, pegaram no livro e voltaram para casa. Colocaram o
livro à lareira, para ele secar. A Ana começou a folhear o livro, para ver o
seu estado e encontrou uma nota.
_
Venham cá ver!_Disse ela. E começou a ler:
“A
gramática é mais divertida quando se tem vontade, e quando se estuda. Não se
esqueçam de que a língua Portuguesa é a vossa língua e que sem ela não poderiam
falar, cantar e tudo mais!” É tudo.
_Será
que foi a Professora Ana Mafalda Martins que a escreveu? _ questionou a Ana.
_ Não
sei, mas temos de ir dormir. Amanhã perguntamos. _respondeu a Andreia.
E lá
foram. No dia seguinte, na escola, perguntaram à Professora se tinha sido ela,
mas ela respondeu que não.
As
trigémeas podiam ter ignorado a nota mas não O fizeram. Começaram a estudar com
afinco todos os dias e depressa se tornaram nas melhores da turma. Por isso
lembrem-se, estudem muito!
Matilde Ribeiro Neto, n.º 20 do 6.º A
2.º Ciclo
Uma história antiga
Era uma vez três
meninas que se chamavam Mariana, Inês e Leonor. Um dia foram a um sótão velho e
sujo, onde a Inês encontrou um livro. A Leonor disse:
_ Oh! É só um livro velho e poeirento!
Quando a Inês o
abriu saiu lá de dentro uma certa magia. A Mariana exclamou:
_ Parece um livro mágico!
Então a Inês abriu
o livro e entrou na história. A Mariana e a Leonor fizeram o mesmo e todas
entraram na história mágica. Lá dentro elas encontraram uns extraterrestres,
metade cor-de-rosa e metade amarelos que lhes apresentaram a cidade chamada
Comilónis, porque as criaturas que lá viviam comiam a toda a hora.
Um dia surgiu uma
emergência porque um ladrão entrou para dentro do livro e roubou a princesa
Sofiazónis. Ele levou-a para a cidade de Dragãotouros, onde os habitantes eram
metade dragão e metade touros. O ladrão levou a princesa para uma montanha
chamada Pico-pico-sarabico onde viviam muitos picos e muitos sabichões. E mesmo
no topo da montanha, o ladrão viu uma casa e foi a correr para lá. O ladrão não
queria fazer mal à princesa, ele só queria o seu colar mágico. Quando estava
quase a conseguir tirar o colar à princesa, apareceram as três meninas, a
Mariana, a Inês e a Leonor que a iam salvar. Assim a Inês levou a princesa, a Mariana
levou o colar e a Leonor deu pontapés ao ladrão enquanto as suas irmãs fugiam.
Depois saiu pela janela e foi ter com as irmãs.
Demoraram sete
dias e meio a voltarem ao castelo pelo que tiveram que ir a um mercado comprar
toda a comida possível. Quando chegaram ao castelo, a princesa saltou para o
seu trono. O prémio das meninas foi ganharem colares mágicos, para que, quando
desejassem voltar ao livro, os colares mágicos as levassem. Finalmente
estafadas chegaram a casa e foram dormir.
Na manhã seguinte
a mãe e o pai ficaram muito felizes ao verem as filhas a dormirem muito
sossegadas. E ninguém soube o que aconteceu.
Margarida Figueiredo Palma, n.º 21 do 3º L
EB1 de Vale da Pedra
O quadro misterioso
Texto coletivo
A minha mãe, estas férias da
Páscoa, resolveu que o melhor era eu passar uns dias em casa da minha avó
Maria. Ela diz que eu passo as férias só a jogar no computador, no telemóvel,
na PSP, na WII e não faço mais nada de interessante.
Lá fui eu, de bagagem na mão,
apanhar o Comboio para a Aldeia do Piódão. A minha avó vive numa casa de xisto,
pequena, mas muito misteriosa.
Depois de explorar a aldeia e de
reencontrar o Guilherme e o Dário fomos para o sótão da avó brincar. O sótão
estava poeirento e muito escuro. Havia um grande baú, que ao abri-lo
descobrimos um quadro que nos deixou curiosos.
Fomos logo chamar a avó Maria,
que estava a acabar um bolo de chocolate para o nosso lanche. Aproveitámos para
lanchar e falámos com a avó sobre o quadro. Ficámos a saber uma bonita história
dos nossos antepassados.
A avó contou-nos que aquelas três
meninas do quadro eram ela própria, a sua irmã Joaquina e a sua prima Adélia.
Eram as três muito amigas e gostavam muito de ler. Inventavam muitas histórias
e escreviam--nas para mais tarde no Natal as poderem ler à família. O melhor
presente de Natal eram as histórias de fantasias contadas pelas três meninas. A
avó que ainda tinha o livro bem guardado leu-nos algumas dessas histórias.
A partir dessas férias eu e os
meus amigos decidimos escrever as nossas aventuras no Piódão. Talvez um dia, os
nossos bisnetos encontrem as nossas histórias escondidas num baú de algum
sótão…
EB1 Casais dos Penedos
Turma
I
1.º,2.º, 3.º e 4.º anos